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Mergulhos imperdíveis no Rio de Janeiro


Para fechar nosso mês de janeiro, vamos falar sobre o mergulho no Rio de Janeiro. Falamos aqui de viagens de férias, destinos paradisíacos e águas quentes, mas quem disse que precisamos sair de casa para encontrar bons mergulhos, principalmente quando estamos no verão e na cidade maravilhosa?

É verdade que a cidade do Rio de Janeiro não é bem conhecida pela qualidade do mergulho. Muitas vezes enfrentamos navegação difícil, água fria e pouca visibilidade, mas o verão costuma surpreender. Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2017, por exemplo, tivemos uma sequência de dias com água na faixa dos 27ºC e visibilidade de cerca de 15 metros. E aí, não faltam opções para bons mergulhos, ainda mais quando navegamos com o visual incrível da cidade: Cristo Redentor, Pão de Açúcar e toda a cadeia de montanhas próxima ao mar capaz de impressionar qualquer um!

Para começar, o Monumento Natural das Ilhas Cagarras é uma Unidade de Conservação ambiental que fica a cerca de 6 km da praia de Ipanema e abriga uma diversidade de espécies bem interessante. Raias chita, tartarugas-verdes, moreias e cardumes diversos são bem comuns nos mergulhos nas Ilhas Comprida, Redonda, Palmas, Cagarras e nas lajes Praça XI e Matias.

Logo ao lado do arquipélago das Cagarras está a Ilha Rasa, cheia de histórias e considerada por muitos o melhor ponto de mergulho da cidade. No seu lado de fora encontramos o naufrágio Buenos Aires, um cargueiro alemão que colidiu com a ilha em 1890. Com o choque, o navio afundou imediatamente e os destroços estão espalhados dos 12 aos 42 metros de profundidade, onde encontramos o hélice. Como o mergulho no Buenos Aires tem um perfil mais profundo e normalmente encontramos uma correnteza na superfície, do lado abrigado da ilha, o Portinho oferece opções para um mergulho menos avançado e tão interessante quanto.

Mais a oeste da cidade, as Ilhas Tijucas ganharam visibilidade dentro do mergulho nos últimos anos, já que algumas operadoras começaram a concentrar suas saídas por lá, partindo do canal da Barra da Tijuca em uma navegação curta e rápida. A desvantagem é que, dependendo da ondulação, nem sempre é possível sair do canal com segurança e as operações não tem a mesma regularidade do que as saídas a partir da Marina da Glória.

Finalmente, se você quer mergulhar no Rio de Janeiro, mas não quer encarar um barco, a Praia Vermelha proporciona um ótimo mergulho de praia aos pés do Pão de Açúcar, principalmente se optar por fazer um mergulho noturno. A profundidade varia dos 3m aos 10m e a visibilidade chega a 10m nos melhores dias. Muitas tartarugas, Moreias, Raias viola, Marias-da-toca e peixes juvenis, como frades e barracudas, são encontrados. Uma ótima opção para quem quer aproveitar um dia de semana para fazer um mergulho rápido e mais em conta.

Além destes pontos mais conhecidos e utilizados pelas operadoras, o Rio de Janeiro apresenta mais uma série de locais interessantes, como as Ilhas Maricás, que abrigam o naufrágio Moreno, e o CT Paraíba, um naufrágio com seus impressionantes 126 metros de comprimento, mas só acessível a mergulhadores técnicos, já que começa aos 39 metros de profundidade.

Pensando bem, quem disse que o Rio de Janeiro não tem bons mergulhos?

Caio Salles é jornalista, instrutor de mergulho da Coral de Fogo - Diving Experience, video maker e idealizador do Projeto Verde Mar. Fotos by Caio Salles.

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