Você já deve ter visto muito Coral de Fogo por aí nos seus mergulhos, mas talvez não saiba que o seu toque queima e que eles de fato não são corais.
Ele foi assim popularmente chamado em função de duas características:
1) O coral de fogo tem células especiais (nematocistos) responsáveis pela sua defesa e alimentação. O animal libera toxina (de forma não voluntária) suficiente para levar à morte pequenos animais como peixes ou moluscos, apesar dos plânctons serem seu alimento preferido. Por esse motivo, o contato com a pele de mergulhadores ou banhistas desavisados pode provocar a sensação dolorosa de queimaduras, bolhas e até pequenas feridas.
2) Sua coloração amarelo- alaranjado, “cor de fogo”, e extremidades esbranquiçadas.
Como falamos, esse animal não é um coral verdadeiro (antozoário), mas sim um parente muito próximo das águas-vivas (hidrozoários). Seu nome Millepora alcicornis significa Millepora (mil poros) e alcicornis (chifre de alce) e no interior desses poros vivem algas em relação simbiótica com eles.
As colônias de corais de fogo são responsáveis pela formação de diferentes recifes brasileiros que abrigam uma grande variedade de organismos como peixes, crustáceos, moluscos, entre outros, tornando-se importante “formador” e participador dos ecossistemas marinhos. O coral de fogo é um animal colonial, bentônico, que pode ser encontrado desde a Flórida (América do Norte) até o sul do Brasil (América do Sul), sendo também frequente no mar do Caribe.
E aqui no nosso caso, o animal nos chamou tanta atenção que foi parar no nome dessa escola de mergulho. Um nome forte combinado com a imagem do coral de fogo sobreposta num peixe muito conhecido, chamado popularmente de peixe anjo. Assim nasceu a marca da Coral de Fogo - Diving Experience.
Para saber mais assista também o Webinar sobre Biologia Marinha preparado pela Coral de Fogo.
Márcio Rodrigues é professor de Biologia e dive guide em treinamento na Coral de Fogo - Diving Experience.