Ramon Noguchi
10 de jan de 20162 min
É muito comum entre mergulhadores que usam luvas, afastarem águas vivas com as mãos. Normalmente não ocorre nenhum dano. Ao submergir, muitos mergulhadores retiram a máscara e assoam o nariz, com a mesma mão que afastou águas vivas. Nesse momento ocorre a famosa "queimadura de bigode", caracterizada pelo nariz vermelho e lábios inchados. Normalmente a gravidade é leve, sendo a maior consequência, a risada de todos a bordo!
A verdade é que muitas pessoas tem medo do mar por causa de tubarões e monstros marinhos, quando a criatura mais perigosa dos mares é o próprio Homo sapiens. Na verdade, a criatura com maior probabilidade de causar dano a um banhista ou mergulhador é a simples água viva.
Primeiramente, lembramos que no Brasil não existem espécies de águas vivas letais. Mesmo que algo pior venha a acontecer será por um choque causado pela reação anafilática e não pela toxina do animal em si.
Por isso, no caso de um contato com água viva, algumas providências devem ser tomadas imediatamente:
1) Saia da água tranquilamente. Movimentos bruscos fazem com que mais tentáculos se grudem a pele, agravando a lesão.
2) Não toque na lesão. Passar a mão sobre a "queimadura" vai ativar diversas células urticantes que ainda não haviam sido disparadas, agravando a lesão.
3) Remova os pedaços da água viva colados à pele, se possível com luvas e uma pinça. Nunca com a mão. Não esfregue o local.
4) Lave o local com água do mar, vinagre ou soro fisiológico, mas nunca com água doce (gelo é água doce).
5) Caso haja qualquer suspeita de reação alérgica grave, levar a vítima imediatamente ao pronto socorro.
A dor não costuma durar mais do que um dia. Caso necessário utilize o analgésico receitado pelo seu médico ou um anestésico tópico. Corticoides também podem ser aplicados para aliviar a reação da toxina, mas desde que receitados por um médico.
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